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Porra nenhuma 3

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Mensagem por Admin Ter Set 06, 2016 11:32 pm

O homem caixa então chegou ao hospital e nele estavam várias pessoas doentes. Ele andou pelos corredores e notou as várias pessoas lhe olhando como se pedissem ajuda para os seus problemas que não eram esquecidos e apenas aumentavam nas filas de espera. O homem caixa passando olhando e pensando se poderia ajudar todas aquelas pessoas e no que poderia fazer e pensou que não poderia fazer nada talvez devesse conversar com cada uma delas e conhecer a sua história mas ele teria que fazer o que tinha ido fazer e dessa forma não poderia deixar de encontrar a mulher a quem teria ido visitar. Parou do lado assim de uma cadeira onde estava um amontoado de gente que esperava ser chamado para a sala cirúrgica. Eram lá que eles eram cortados para ser arrancado deles o mal que os acometia e tudo de ruim que eles haviam criado o problema dizia uma mulher do lado é que tinha lugar que a faca não alcançava. O problema era que ela esperava uma cirurgia para um câncer no estômago e por mais que ela esperasse ali tinha lugar que a faca não alcançava e sem estômago era ruim mas dava pelo menos era o que tinham dito para ela e o homem caixa ia escutando ela contando aquela história para um garoto que estava do lado e que estava com o olhar solto pelo ar como se estivesse entrado n festa de aniversário errada o tal do garoto não tinha o tal do câncer e tinha o que ele falava de bola na orelha tinha colocado um brinco dado uma inflamação a orelha crescido e feito uma bola ele estava ali no meio daquele povo com hm pouquinho de esperança para tirar aquilo ali na orelha mas já tinha escutado tanta desgraça que estava quase querendo ir embora com sua orelha de bola na frente deles começou a intervir uma velha que também estava sentada na fila de cadeira das frentes ela, não aguentando ouvir a história de sofrimento da mulher do câncer, disse que fazia hemodiálise para limpar seu sangue a cinco anos e havia tido uma infeção do braço no lugar onde fazia o procedimento e que com o tempo foi surgindo aquela cobra no seu braço e o homem caixa olhando realmente viu algo parecido com uma cobra no braço da mulher era a veia segundo a velha que cansada de aguentar sozinha todo aquele procedimento de limpar o sangue tentava pular e sair do corpo por conta própria e assim ela continuava em diálogo com os outros dois imersos em uma equipe  que compunha um mosaico maior daquele corredor. Todas aquelas pessoas saídas de suas casa esperando um milagre esperando um cuidado uma forma de continuar a vida pensava o homem caixa porque a vida não parecia fazer sentido nenhum para ele até aquele momento, mas era extremamente ruim de ser perdida. Ali naquele lugar poderiam compartilhar suas dores e estar seguras pelo menos em sua cabeça sobre seus problemas. Quando o homem caixa encontrou então a mulher ela disse que estava esperando pela sua filha e que seus filhos não a visitavam nunca que era velha e que queria estar sem depender de ninguém mas como poderia fazer? E que desgosto era ter que viver com filhos que não a amavam principalmente a filha e que desgosto era estar ali sozinha mesmo que estivesse em um hospital o homem caixa disse que estava ali para entregar a sua fralda o que ela falou que não usava fralda e sim um absorvente a diferença era que esse era de urina o homem caixa acho estranho aquilo mas ela estava certa era apenas uma questão de referência pensou que a fralda tinha uma conotação e a mulher não queria se infantilizar aos seus oitenta anos perguntou a mulher o que ela estava fazendo ali e ele disse que estava com o tal do câncer no intestino disse que estava defecando sangue e não conseguia mais segurar e sua casa que era limpa havia ficado suja e fedendo a bosta e ela perguntou então se o homem caixa estava bem e que ele não se chateasse com aquela conversa é que ela estava triste também porque seu neto iria casar com uma mulher que não prestava e que roubava o dinheiro que ela escondia em sua caixinha de óculos o homem caixa disse que estava bem e que estava empreendendo sua viagem pelo mundo e perguntou se a mulher gostaria de fazer uma viagem pelo mundo e ela disse que não já estava bom ficando nos lugares que ela tinha ido crescido e vivido e que sua vida tinha sido boa mas que não tinha como ficar triste com os seus filhos o homem caixa disse que sua filha não havia vindo a visita porque estava ocupada e que não gostava de sua mãe porque sua mãe nunca tinha gostado dela e que tinha sempre preferido sua irmã que a história vocês já sabem também disse que não era sua obrigação estar ali pois ainda sobravam dois irmãos pelo que a velha falou que eles eram homens e tinham suas próprias coisas para cuidar. Então o homem caixa perguntou se por a filha ser mulher ela não teria nada para cuidar e a velha coçando o nariz disse que ela estaria de estar ali e perguntou ao homem caixa se ele achava aquilo certo e ele não sabia o que dizer porque sentia pena da velha mas também sentia a raiva guardada pela filha. Disse a velha que a filha guardava inúmeras mágoas uma da velha não ter ido em seu casamento aos quinze anos de a velha não ter feito festa para o seu casamento de a velha ter falado mal do seu marido e não gostado dele pela sua condição social disse também que guardava mágoa por ela ter lhe deixado se queimar e então a velha arregalou os olhos e disse que nunca poderia ter deixado a filha se queimar e como ela em um ambiente sem segurança em uma época difícil sozinha poderia cuidar de cinco filhos pequenos enquanto o marido não estava em casa quando tinha que  fazer comida para um batalhão de homens que trabalhavam disse que não podia prever os movimentos de uma menininha e chorando disse que havia sofrido e como havia sofrido com as queimaduras daquela menina e que seu marido havia quase ficado louco e como ele a culpava também sendo que a culpa não era dela o homem caixa disse que não poderia saber mas era isso o que a filha o havia dito a velha continuava chorando e o homem caixa começava a se sentir triste com aquilo era mais uma vez mais do que conseguia suportar e começava a quer parar a sua viagem era como mais uma vez se não fosse feito daquilo e mais uma vez pensou nos seres humanos e naquela carne de que eram feitos e todas as coisas boas que a vida era feita para que pudessem suportar toda aquela dor, tristeza e acaso que ela representava para ele começava a pensar que talvez fosse melhor continuando sendo caixa e se deus realmente existia ou se era um demônio talvez nada disse e aquilo fosse apenas um pesadelo. A mulher disse que iria terminar seu tratamento cirúrgico e haveria de ir para casa de seu filho já que sua filha não queria que ela morasse com ela ao que ela disse que não precisava disso pois tinha uma casa que era alugada e que ela dava o dinheiro para o seu filho mais novo com o qual ela iria morar mas que ele não queria que ela ficasse na casa dela porque ela não poderia ficar sozinha mas ela dizia que queria ficar naquela casa mas queria ficar com os filhos então o homem caixa entendeu que ela queria ficar com a filha mas a filha não a queria foi então que entrou um médico velho e gordo e começou a falar com a velha e cumprimentou o homem caixa e começou a falar como seria o corte que faria nela que a velha ouvia franzindo a testa parecia doloroso mas valeria a pena se a mantivesse naquela vida por mais tempo que a natureza havia planejado então o médico gordo de repente colocou a mão no peito e disse que não estava bem saindo para fora e sentando em uma das cadeiras dos que esperavam e outros médicos vieram a ele sendo ele o primeiro atendido sobre o olhar de todos que estavam na espera assistindo a sua queda e quando ele abriu a boca e morreu e os outros até que tentaram o reanimar mas era tarde porque da morte não se podia fugir e o homem caixa acompanhando aquilo e olhando os olhos de todos aqueles que estava ali na fila para a fuga da morte viu a desesperança brilhar ou escureceu em seus olhares talvez ele pensou eles tivessem dado conta que a fila contra a morte poderiam os mais aproximar do que os distanciar ou não talvez apenas tivessem desacredito em um milagre outra bobagem pois em pouco tempo dois homens que era chamados de maqueiros colocaram o corpo em uma maca cobriram com um lençol e levaram o embora e depois de uma pausa meditativa que dou alguns minutos dilatados pelo silêncio retornou aos olhos dos que esperavam havia ainda outras pessoas ali e outras facas além daquele defunto médico o mal ainda poderia ser extirpado. E vendo tudo isso o homem caixa pensou o porque daquele homem não ter extirpado o mal de si próprio talvez porque não conseguia o identificar, talvez porque como dia a mulher a lugares em que a faca não consegue alcançar ou porque milagres não existem. E pensando em tudo isso o homem caixa resolveu ir se embora daquele hospital porque seu ofício havia sido cumprido e mesmo que não tivesse conhecido tudo por ali e conversado com todos havia entendido que aquilo era um lugar de morte e de esperança para a vida e que as pessoas que estavam ali apesar de chamadas de doentes e de guardar algo criado de cólera e mal em si não eram diferentes das que ele encontrava nas ruas.

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